Nos 65 anos do Maracanazo, Ghiggia morre vítima de uma parada cardíaca

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Ghiggia Homenagem Uruguai e Jordânia (Foto: Agência AFP )

Carrasco do Brasil na Copa de 50, o uruguaio Alcides Edgardo Ghiggia morreu nesta quinta-feira, justamente o dia em que o Maracanazo completou 65 anos. Aos 88 anos, ele não resistiu a uma parada cardíaca, poucas horas após ter sido internado com dores no peito, em Montevidéu. Autor do gol que calou o Maracanã naquele 16 de julho de 1950, Ghiggia era o único remanescente daquele time bicampeão do mundo com a Celeste.
Nascido dia 22 de dezembro de 1926 em Montevidéu, defendeu ao longo da carreira Peñarol, Roma, Milan e Danubio, mas ficou marcado mesmo pela participação na Copa do Mundo de 1950. Ele foi o autor do gol que deu a virada e o título mundial na decisão daquele Mundial, vencida pela Celeste por 2 a 1 no Maracanã.
Há três anos, Ghiggia ficou próximo da morte, mas conseguiu se recuperar e receber outras homenagens ainda em vida. Em junho de 2012, sofreu um grave acidente de carro, fraturou uma das pernas e teve traumatismo craniano. Ele ficou 20 dias em coma induzido num hospital em Montevidéu, passou por diversas intervenções cirúrgicas, mas se recuperou meses depois.
Há um ano, Ghiggia comentava de casa sobre os acontecimentos na Copa do Mundo. Ele criticou a mordida de Luis Suárez em Chiellini (“Não sei o que este rapaz tem na cabeça”), que rendeu nove jogos de suspensão ao atacante, e também afirmou que o Maracanazo foi maior do que o vexame brasileiro diante da Alemanha (“Diferente porque era uma final”). O ídolo uruguaio está presente na calçada da fama do Maracanã desde dezembro de 2009.
- Só três pessoas na história conseguiram calar o Maracanã com um só gesto: o Papa, Frank Sinatra e eu – disse certa vez.

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