A presidente Dilma Rousseff dedicou parte de seu discurso na Cúpula do Mercosul, nesta sexta-feira (17), para homenagear a colega argentina Cristina Kirchner, que deixará o comando da Casa Rosada neste ano, após as eleições presidenciais no país vizinho, em outubro.
Os presidentes do Mercosul (grupo formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) se reuniram nesta sexta em Brasília para a cúpula do bloco econômico. A reunião, informou o Itamaraty, serviu para que eles pudessem discutir temas como integração produtiva, promoção comercial e atração de investimentos.
Ao discursar, a presidente Dilma se emocionou ao saudar Cristina Kirchner e chegou a aplaudi-la de pé, assim como os demais presentes no salão do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, onde ocorre a cúpula.
“Quero dizer, Cristina, que você vai ter aqui uma amiga sempre pronta para recebê-la e para, juntas, compartilharmos novamente e sistematicamente nossos sonhos e nossas esperanças”, disse a presidente, visivelmente emocionada. Após a fala de Dilma, Cristina, então, levantou-se e sorriu.
Durante o seu pronunciamento, a presidente Dilma também abordou temas econômicos e fez defesa da democracia nos países do bloco. Ela, por exemplo, chegou a afirmar, sem citar exemplos, que não há espaço para “aventuras antidemocráticas” na região.
“A realização periódica e regular desses pleitos [ela citou as eleições recentes nos países do Mercosul] demonstra a capacidade de lidar com as diferenças políticas por meio do diálogo, do respeito às instituições e da participação cidadã. Temos de persistir neste caminho e evitando atitudes que acirrem disputas e incitem a violência. Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul e na nossa região”, disse a presidente na ocasião.
Dilma também afirmou que a crise econômica mundial não pode criar barreiras econômicas entre os países do Mercosul e defendeu que o bloco busque acordos com países fora da região.
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Agradecimento
Ao iniciar seu discurso, Cristina Kirchner se dirigiu à presidente Dilma e a agradeceu pelas palavras de despedida. Ao classificar a colega brasileira de "companheira" e amiga", Cristina afirmou que o "afeto" da petista a ela é "retribuído".
Ao iniciar seu discurso, Cristina Kirchner se dirigiu à presidente Dilma e a agradeceu pelas palavras de despedida. Ao classificar a colega brasileira de "companheira" e amiga", Cristina afirmou que o "afeto" da petista a ela é "retribuído".
"Agradeço à presidenta Dilma por suas palavras dirigidas a mim. De qualquer forma, esta não será, ainda bem, a minha última reunião. Mas, sinceramente, quero reconhecer o afeto e a sinceridade com que sempre me ofereceu e dizer que são absolutamente retribuídos por mim", disse a presidente da Argentina.